sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Paradoxo do Nosso Tempo

 Ando meio sem tempo para escrever,então posto aqui um texto de George Calin que eu penso ser bem atual e sempre importante notar o valor dele (:.
   Natal.

 O Paradoxo do Nosso tempo

 Nós bebemos demais,fumamos demais,gastamos sem critérios,dirigimos rápido demais,ficamos acordados até muito mais tarde,acordamos muito cansados,lemos muito pouco, assistimos tv demais e rezamos raramente.

 Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.Nós falamos demais,amamos raramente,odiamos frequentemente. Aprendemos a sobreviver,mas não a viver,adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

  Fomos e voltamos à Lua,mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
  Conquistamos o espaço,mas não o nosso próprio.

  Fizemos muitas coisas maiores,mas pouquíssimas melhores.

  Limpamos o ar,mas poluímos a alma;dominamos o átomo,mas não nosso preconceito; escrevemos mais,mas aprendemos menos; planejamos mais,mas realizamos menos.

  Aprendemos a nos apressar e não,a esperar.

  Construímos mais computadores para armazenar mais informação,produzir mais cópias do que nunca,mas nos comunicamos menos.

  Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

  Essa é a era de dois empregos, vários divórcios,casas chiques e lares despedaçados.

  Essa é a era das viagens rápidas,fraldas e moral descartáveis das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas"
  
  Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

  Uma era que leva essa carta a você,e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar "delete".

   Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama,pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso,valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

George Calin 

Força com coração

Não há nada errado nisso,
Viver a vida superando riscos.
Quem diria ao menos uma vez,
Que o amor possui um toque de acidez?

Quando dizem amar por ai,
Não recordam que o amor faz cair.
Você para amar, tem que superar barreiras,
Elevar suspeitas, ignorar tristezas.

Como a uma águia a planar,
As aves ao redor a vêem, mas quem a iria encarar?
Um humano não passa muito além disso,
Espera sempre superar barreiras,
Mas qual deles não tem medo de se cortar no vidro?

Um dia não dura, ele passa voando.
Eu fico sozinha, sentada imaginando.
Lembro perfeitamente da primeira vez que o vi,
Tão delicado, charmoso, um cavalheiro em si.

Hoje tão pertencente a mim,
Ele ainda possui aquele toque de emoção,
Quem imaginaria que acabaria assim?
Obtemos laços com a força do coração.

Bruna Veríssimo.

domingo, 27 de novembro de 2011

Loucuras do amor

Amar e não depender,
É impossível simplesmente tentar entender.
Perder e não lacrimejar,
Isso não passa de farsa.

Amor é compreensão,
Compreensão é ardor.
Ardor é sofrimento,
Sofrimento é a dor.

Dias passam, dias não voltam mais.
Amores retornam e ficam para trás.
Mentiroso é aquele que jura amar,
Humano é aquele que promete se guardar.

Magoas são feitas para mandar embora,
Rancor se guarda da boca para fora.
Quem ama não esquece,
Quem desama se desvanece.

A chama não se apaga com facilidade,
Somente talvez, através da idade.
Acabam dizendo que nunca existiu,
Mas a tão pouco tempo disse que não resistiu.

Loucuras acesas e fermentadas palavras,
Armadas tristezas, arcadas facadas.
Todo o mundo é pecador,
Ao dizer que ignorou o poder do amor. 

Bruna Veríssimo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Abandonado

 

  Ô querida,mais uma vez... Me encontro aqui a olhar para ti,tão radioso luar!Me sinto tão qual como estúpido e louco que olha para o nada esperando respostas...mas como poderia ser diferente?
  Já busquei tantas perguntas sem respostas... Porque somos obrigados a viver em um mundo de tanta insanidade? Porque somos obrigados a nós comportar como cegos e mudos diante de um mundo de insanidades que nós atormenta??? Isso me faz tão triste minha flor.
  Lembro-me da época em que era apenas um pequeno menino... e nada fazia sentido.Eu perguntava a mamãe porque doía.. Porque nossa família era tão desunida?Porque dentre nossos iguais apenas nós matávamos? Lembro de ser colocado em uma espécie de catecismo quando pequeno... de me ensinarem a unir as mãos,a torcer,a orar... e a respeitar. Nada disso me trouxe respostas. Mamãe disse que era a vida. Que as vezes as pessoas são violentas,cruéis,e que com o tempo eu iria me acostumar.. mas..sabe. Eu nunca me acostumei.
  Me lembro do dia em que encontrei.De seus belos olhos verdes me encarando... lembro que teus olhos brilhavam mais que a mais bela das esmeraldas...
  Até hoje eu não sei se o mundo parou de ser cinza,ou se eu apenas comecei a prestar atenção no verde de teu olhar. Havia algo em ti,minha mais bela jóia.. que me fazia simplesmente acreditar,Sonhar.Esperar.
  Eu não fazia idéia do quanto eu poderia abandonar velhos medos,do quanto eu poderia abandonar os fragmentos deixados para trás de meu coração,e acreditar que um dia minha vida poderia ser mais que solidão.
  Porém,porque tiraste ela de mim senhor???
  Porque me encontro hoje sozinho? Falando tal como tolo à luz do luar???
 PORQUE???
 Hoje,não vejo tons de cinza,não vejo tons de verde nem de azul.
 Tua luz prata de luar quase não me afeta.
 Apenas desejo que passe minha mensagem à minha amada.
 Tua luz jamais me abandonará minha única jóia de valor.
 Espero que possamos nós encontrar novamente em um mundo em que não tenhamos mais que lutar contra o rancor.
  Onde chorar e penar são apenas lembranças.
  De um mundo,há muito deixado por trás.
 Me dá força para continuar,e um dia poder ver novamente mais que o brilho do luar..
 E sim,a luz de teu olhar.

Rodolfo. 11-15-1997

Escrito por Natal,teste de uma especie de carta.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Coração aflito.

Há quanto tempo se manteve firme?
Há quanto tempo se manteve em forma?
Quais as delicadas coisas que o deprimem?
Quando irão te alertar que passou da hora?

Você está aqui presente,
Seu coração está ausente.
De qual maneira posso lhe dizer isso?
Você se manteve exausto por tê-lo sentido.

Você esteve perdido a milhões de anos,
Mas jamais encontrou alguém mais alucinado.
Você já criou expectativas chorando,
Mas nunca, na verdade, se arrependeu de ter amado.

Brigas, intrigas, lágrimas e discussões.
Você quis relembrar do passado,
Mas não se recordou das soluções.

Você chorou novamente,
Por não ter retirado de sua mente,
Seus soluços durante a noite.

Mas lembre-se, por mais que seja deprimente.
Esteve presa na escuridão,
Não fora de hoje,
Que abandonaste teu coração.

B.S.V

A Letter.

Os dias são relativos com relação ao que se conhece por tempo. Os costumes não parecem muito normais, pois sem ti, não há costume. Sem ti, de muito abro mão. Abro mão dos dias de sol e passo a aderir por dias de chuva. Abro mão dos sorrisos expressivos e únicos, por risadas falsas e lágrimas visíveis diante do olhar de qualquer um que se importe. Garanto, os dias são mais preocupantes. Eles são complicados e aparentam estar cada vez mais longos, pois quem fará a diferença quando tudo parecer rotineiro, igual? Quem fará com que tais dias sejam importantes dizendo um simples “Olá”?  Sua falta me fere, e sua ausência, mais ainda. Os dias com você me eram especiais. Teu aconchego, teu lábio levemente macio, seus braços fortes me envolvendo durante todo o dia. São as pequenas condições que me fazem uma dimensão de falta. Você me fez perder seu tato e aos poucos, sua voz. Havia uma promessa contida em seu olhar, berrando que eu jamais a perderia. Porém, quanto mais eu seguia em frente, mais distante de mim estava sua voz, mais afastada. Quanto mais longe, mais matura fui me tornando, mais encontrada e, menos eu. Fiz uma carta demonstrando tais dias complicados, retorcidos. O enviei, observe: “Olá, está se sentindo melhor? Afinal, como se sente? Poderoso? Enfim, espero que se sinta bem, menos estressado. Não considero ironia descrevê-lo qual um idiota, tolo. Me fizeste chorar, ficar só. Me fizeste perder o brilho de meus dias gloriosos. Obrigada, realmente. Obrigada por fingir um amor para mim, eu acreditei. Eu confiei em sua peça, pense nisso. És um bom ator, bom o suficiente para quebrar tantos corações. Não te convido a passar pelo que passei, nunca mesmo. Espero que sorria, mesmo que com outra. Espero que não chore ao ler as palavras citadas nesta carta, sinceramente. Não fomos destinados a ser o que esperava que fôssemos. Não fomos premiados a encontrar a pessoa certa, ainda. Mas, o que importa realmente? A vida é assim, não é? Desejo do fundo de minha alma, que você a siga, de acordo com as regras. Desejo também, que não vá se perder no mundo inferior, por favor. Adeus, querido.”
Não mais me importo, ao fim desta carta. Disse o que realmente precisava, e você lerá o que deve. Despedidas se tornaram tão normais, rotineiras e... comuns.  



B.S.V